segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Ecos da Solidão

Esta alma triste, soturna e desolada,
Qual uma flor, dolorosa dos prantos
Descrita em sinfonia, bela, adornada,
Evoca saudades, mistérios, encantos!

Evoca saudades, dos sonhos de amor
Além do oceano, das terras distantes
Evoca os sussurros, quais ecos de dor
Do amor esquecido de almas errantes

Soturna flor, como o lírio da solidão
Esquecida nas brumas da imensidão
Sublime essência, aos poetas inspirar...

Soturna Flor, dos hinos, das sinfonias
Antigo amor, do sonho, das melodias
Plangentes, tumulares na alma ecoar...



domingo, 10 de janeiro de 2021

Tumulo Angel of Grief ou Anjo da Dor



 O túmulo do Anjo da Dor (Angel of Grief) ou do Sofrimento, é uma obra feita pelo escultor estadunidense William Wetmore Story (1819-1895) e que hoje serve como um túmulo de pedra em homenagem ao artista e sua esposa Emelyn Story que morreu em 1894, e que encontra-se no Cemitério Protestante, oficialmente denominado Cimitero acattolico  em Roma. Uma réplica feita em 1906 existe no Mausoléu de Stanford na Universidade de Stanford substituindo um criado em 1901, e destruída no terremoto de São Francisco de 1906.

Este moumento fúnebre, encontra-se no Cemitério Protestante em Roma.

O Anjo da Dor é um dos memoriais mais comoventes e visitados no Cemitério Não-Católico de Roma, localizado à sombra da pirâmide de Caius Cestius no distrito de Testaccio da cidade.

Story resolveu esculpir a estátua como uma forma de lidar com a perda de sua esposa, dizendo: “Ela foi minha estadia, minha alegria, minha ajuda em todas as coisas”. Story também poeta, inspirado pelo amor à sua amada esposa, demonstrou todo seu talento ao criar esta obra tão magnífica, e que inclusive serviu como capa de álbum por algumas bandas de Rock.

Em 2004 a banda Nightwish trouxe na arte do álbum "Once", uma ilustração com essa estátua. Outras três bandas já haviam lançado álbuns com esse mesmo anjo: The Tea Party no álbum “The Edges of Twilight” de 1995, Evanescence no seu EP homônimo de 1998, e a banda Odes of Ecstasy, no álbum “Embossed Dream in Four Acts”, também de 1998.

O anjo da Dor foi a última grande obra do escultor e se tornou o local de descanso do artista um ano depois, quando morreu aos 78 anos.

Usei a imagem deste monumento para estampar a capa do blogue Lírio das Almas, blogue destinado à poema de luto. https://liriodalma.blogspot.com/?m=1



domingo, 26 de agosto de 2018


Ao fechar os meus olhos p’ra sempre,
E estas mãos para sempre parar;
E este corpo na terra em seu ventre,
Quais lembranças de mim vão restar?

Esta vida foi feita com lutas extremas,
Mas com um luto ela vai se encerrar.
Não terei mais os doces poemas,
P’ra minh’alma no além se alegrar...

Tive o amor benfazejo e as delícias,
Mas também meus invernos polares!
Inimigos d’alma e as doces carícias,
D’outros anjos, do céu, d’além mares...

Restará talvez breve lembrança,
Nesta Ode que a alma alcançar...
Talvez seja um alento ou bonança,
Para a alma em que ela tocar...

Só queria uma pedra epitáfio,
Com os versos de amor exaltar!
Deixo, porém para o tempo,
O dia e a hora chegar!


domingo, 21 de maio de 2017

Teu Silêncio

Eis que este amor fenecido, lutuoso,
E com minh’alma soturna tão dolorosa;
Diante desta visão cadavérica, formosa,
Verto ainda amor, póstumo, saudoso...

Em negra veste, sombria e merencória,
Minh’alma contrita verte-se em pranto...
Nesta contemplação de fulgido encanto,
De tanto sentimento nesta dedicatória...

Na serenidade de sombrio paramento,
Ainda caberá tanto deslumbramento
Que todo este amor em palavra tece...

Pois em teu lábio convulsivo, e mudo,
Ainda vejo como que bendizendo tudo,
As sílabas simbólicas de nossa Prece!


quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Última Quimera

Nas noutes frias das dolorosas ilusões,
E nestes sonhos de mórbidos letargos;
Verto os poemas nascidos das afeições,
Verto em prantos, tristonhos, amargos.

E nestes sonhos de tristezas tumulares,
Dentre o chorar plangente dos violinos;
Escuto vozes soturnas d’outros lugares,
Como a entoar ao longe os doces hinos.

Neste momento, sinto a tua fragrância,
Do que foi nosso amor, na exuberância,
Essência da paixão, fruto da primavera.

E para relembrar teus últimos encantos,
As rosas murchas, os lírios e amarantos,
Serão recordações nossa última quimera.
 


sábado, 27 de dezembro de 2014

Visões Celestinas


Eis que no céu nevoento, enluarado,
Graciosos vultos por lá povoam!
Céu noturno, nebuloso, paramentado,
Vultos angélicos, por lá revoam...

Com harmonia singela, mas graciosa,
Desce à terra, uma visão inusitada!
Alva como a neve, branca, misteriosa,
Só pode ser divina, celeste, imaculada...

Mas, quem és tu, ó vulto misterioso?
És do Céu, do Cristo, doutra esfera?
Talvez meu anjo, silente e amoroso...

Quem sabe Deus, senão a minha sorte?
A nossa consolação, o ideal das almas,
Talvez a glória, quem sabe a boa morte!



sábado, 8 de novembro de 2014

My Immortal


Alma envolta em sentimento e ternura,
Feito uma santa de um rosto angelical;
Junto com flores sublimes da sepultura,
Em sua dormência, solene e sepulcral...

Nesta lividez de tão cândida alvura,
De frias mãos em mantos sonolentos;
Beleza fenecida de lânguida candura,
Jaz no silêncio de pétreos monumentos...

Contigo esta flor, lacrimosa, tristonha,
Tal como quem serenamente sonha,
Com o gozo celestial, dos anjos, da Paz...

Mas eis que junto ao Cristo marmóreo,
Dentro do recinto plangente, merencório,
Olvidar o nosso amor, esta campa jamais...