terça-feira, 29 de abril de 2025

Suspiros Derradeiros

Quando, enfim, à fria lápide acampar,

Com preces fervorosas e uma oração;

As rosas hão de, qual pranto, adornar,

Os sonhos findos de amor e afeição.


Perante Cristo as almas hão de estar,

Junto aos anjos nos édenos sidéreos,

Quem sabe eles, às almas a consolar,

Salmodiando com cítaras, saltérios...


Deitadas no leito, lágrimas e memórias,

E os sonhos todos, cândidos, inefectos,

Em dolentes modas e etéreas glórias...


Talvez para fenecer, de modo anelante,

Em lánguidos suspiros se findarão;

Que do orvalho, e em lágrima restante...




Um comentário:

Davi Machado disse...

Um clima mórbido e gélido, linguagem rebuscada, por isso subversiva.
Achei deveras show.