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domingo, 8 de julho de 2012

Columbário Medonho

Ó columbário misterioso, imponente, medonho, e antigo!
Acima de ti, jaz epitáfio esquecido desse chão memorial...
Depositário fiel dos materiais orgânicos, e tumbal abrigo,
Ó columbário faraônico, tão sombrio, tão tétrico e mortal!

Longe de mim porém desse templo dos que já findaram.
Afasta agora de mim Meu Deus e Pai! Da-me um atalho!
Lúgubre recinto, dos espíritos que na terra habitaram,
Meus ossos já estou ouvindo baterem feito um chocalho!

Construção decrépita silencio reinante, místico sepulcral...
Traslada-me ó Deus, ainda vivo, desses sonhos temerários!
Sinto meus medos, meus terrores, meus temores e o mal...
Com os anjos desejaria brincar no teu céu feito os hilários!

Ó portal estranho da mística e eterna morada da escuridão,
Atordoante conclusão final encerrando sonhos dos aflitos!
Ó portal medonho, funesto, cadeia que fechado esconde,
As lembranças da vida, do calor, das festas e dos conflitos...



Ossário Geral do cemitério do Araçá, também conhecido como Columbário
*Este poema faz parte da Antologia Poética, volume 1 - Vozes da Alma de 2009