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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Vandalismo

Oh, que dor! Que tristeza, atroz, funérea,
Ao deparar-me com tamanha profanação...
Almas torpes, vândalos da paz cinérea,
Que desça a ira de Deus, por esta violação...

Eis que as lápides, ao chão, derribadas,
Leito dos mortos, do descanso tumular,
Evocam a demência de almas ofuscadas
Pela torpe obsessão, de um valor angariar...

Almas de sina errante, infames e sem luz,
Destroem, vilipendiam, e roubam a paz,
Daqueles que jazem, à sombra de uma cruz...

Decerto são almas vis, decaídas, dementes,
A rasgar sedentos, o lúrido sacrário, 
Rastejam pela vida – Oh, miseráveis mentes...

Cemitério do Araçá em São Paulo, após ataque de vândalos