Quem és tu, menino tristonho e lacrimoso,
Que como a sombra de outrora nesta visão;
Aflora em meu coração, pueril e doloroso,
Com versos em prantos e uma doce ilusão?
Foram teus soluços, todos os teus prantos,
Nas noites de outrora em taciturno gemido;
Que geraram as flores, os poemas, encantos,
Em um coração dilacerado; soturno, ferido!
Fotografia envelhecida, que n'alma abrigo,
E um sonho dilacerado, sofredor e antigo,
Que escondo no coração silencioso, denso...
Descortina a noite de um céu flóreo, risonho,
No silêncio desta minha dor, e deste sonho,
Para ascender a um esquecido amor imenso....