Minha amada, que enlevo te faz divina
Como flor de fúlgidos encantamentos
Encarnada nos doces acalentamentos
No êxtase carnal que arrebata e alucina?
Fizeste das formas e aromas de enleios
As sinfonias do ocaso, anjos d’alvorada
Relíquias imortais, bendita, apaixonada
E a fina Flor, dos mistérios e devaneios.
Alma das almas meu singelo abrigo!
Meu amor, seio augusto, consolo amigo
Meu bálsamo, perfume cândido sagrado...
Junto às fontes, de amores insondáveis
Estarei contigo, nos mistérios inefáveis
Com meu coração ardente, apaixonado...