A amplidão da noite, solene esmaeceu,
Por este chão, sagrado e transcendente...
Pois tu’alma, que tristonha adormeceu,
Acolhida foste, ao Cristo eternamente...
Para mim o que era sonho terminou,
E em meu peito o coração esmoreceu!
Como lírio, que o teu corpo enfeitou,
No crepúsculo, a minh’alma feneceu...
Crepúsculo como véu no fim da tarde,
Na envolvência de minh’alma agasalhar,
A Lua é a ante-sombra que me
invade...
Ó lua, tristonha! Que palidez a tua!
Teus prantos em minh’alma se derramam,
Meu consolo, meu amor, Ofélia nua...
4 comentários:
Linda poesia, embora a tristeza da realidade da vida diante da sombria morte, essa "dama temida"!
Abraços, estava com saudade de vir aqui, gosto do tema, vida e morte estão coligados, um dia chega, nem quero pensar na minha, mas que é o que acontece à todos não há como fugir!
Há quem diga que a vida é uma ilusão, e que nossa realidade verdadeira está na alma, se assim for...basta acordar do sonho, todas as saudades morrerão em um sorriso de paz e luz.
Ghost e Bindi
António, boa noite! Obrigada por tua tão calorosas palavras dirigidas a mim lá no meu blog.
Como sabes já faz muito tempo que não entro em blog nenhum, nem no meu próprio. O motivo você já pode ler lá. Mas realmente não tenho como negar que este espaço visual foi um dos lugares onde mais fiz amizades e ouvi palavras amáveis Senti saudades..
Teus blogs António, são admiravelmente definidos. Eles tem tua marca explicada. No "Vozes da minha Alma"costumas a deixar la tua alma, e aqui neste blog deixas o teu Lírio.
António, um outro motivo pelo qual me afastei do blog - alem das minhas desilusões pessoais - foram as grandes frustrações que tenho por não saber escrever bem o português. Sim, adoro escrever/rabiscar e adoro poesias, mas infelizmente minhas letras deixam muito a deseja.
Muitas vezes tive inspirações lindas , mas não pude levá-las em frente por não encontrar as palavras ou não saber escrever. Principalmente se minha intenção é escrever um texto comum. que não seja poesia. Com poesias ainda dar para enganar um pouco - pois poesias quase sempre fica alguma coisa ambígua no ar, o dito por não dito e etc.. Em um texto já não posso usar deste apetrecho. Muitas vezes após publicar algo, após semanas ao reler encontro tantas berrantes faltas que é de dar tristeza. Este comentário meu aqui - levei um bom tempo a escrever - usando um corretor do português, e mesmo assim ainda deixa muito a desejar.
Amigo, assim fica difícil expressar sentimentos!
Um grande abraço amigo. Linda noite. Ange
*[Morrer] numa noite enluarada para [nascer] a luz de um dourado sol ao amanhecer... ^^
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