Num último adeus, as lágrimas rolando
Beijo agora, a pálida face da minha rosa,
Olho para trás, ermo, e a alma chorando,
Adeus! – murmuro – Fenecida, virtuosa!
E uma imagem pétrea, angélica, fitando,
Como que intercedendo a Deus rogava!
Parecia tomar minhas dores pranteando,
À minha saudade, que eu aflito levava!
Parece este anjo enxugar-me os prantos
Com seu vulto consolador e os santos
A embalar-me em suas asas acolhedoras...
Olho, porém ao céu, com um olhar incerto
Hoje fúnebre, e a esperar meu leito deserto
De inspirações, melancólicas, vindouras...
7 comentários:
Bom dia querido António,
No último adeus, tanta coisa se diz e tanta coisa fica por dizer.
Seu soneto exprime bem, a sensação dolorosa da perda da pessoa amada.
Em seu leito deseja a presença de seu anjo, mas ele virá um dia, se Deus quiser.
Tenha um bom ano, juntos, de novo.
Beijos de luz.
Oi amigo, to meio perdida, acessei teu blog e vim parar aqui, que ainda eu não seguia, mas já estou seguindo
Teu poema é belo e triste, que os anjos enxuguem seu pranto e façam brotar a alegria do teu coração.
Um feliz 2012 pra ti, cheio de muita paz, saúde e abundância e todos os sentidos.
Beijos com carinho!
Boa tarde Antônio,
Em primeiro lugar, queria agradecer pelo comentário deixado no meu blog. Confesso-lhe que são com os seus comentários que acabo formulando as maiores reflexões e me fogem as palavras certas para te agradecer tamanha gratidão pelas doces e belas expressões.
Eu não sei direito como explicar, mas parece-me que este poema seu caiu como uma luva na minha vida. Particularmente, me sinto na capacidade de relatar um pouco mais sobre o tal assunto. Minha vó, era uma pessoa maravilhosa com as outras, tinha em seu coração a ideia de sempre fazer o bem e dar o máximo de valor a seu maior bem, que foi sempre a familia. Há uns dois meses, descobrimos que ela tinha um cancêr maligno. No ultimo dia 23, ela foi internada... Passou-se o Natal e o Ano Novo e no momento que eu fui visitá-la no dia 1º, quando chego, a enfermeira me avisa que ela tinha falecido. Foi um baque para toda família, porque a gente, de fato, nunca espera que uma pessoa que gostamos irá morrer. Mas como eu sempre disse, tudo que acontece na nossa vida tem um motivo. Por mais triste e dificil que seja, as coisas acontecem sempre com a intençao de nos despertar a algum fator lateral em nossa vida. Hoje, Antonio, acabo vendo as pessoas de uma maneira diferente. Talvez, porque essa seja minha primeira experiência dolorida dessa forma ou então porque me faltava algo que pudesse incentivar o meu sentimento maior de amor e compaixão pelas pessoas. Não que eu não tivesse... mas nunca tinha visto as pessoas da mesma forma que eu pudesse perde-las em questão de segundos. Agora, me tornei mais maduro quanto a isso.
Um dos fatores que mais me fizeram crescer no ano de 2011 foi você, Antonio. Sempre com suas palavras de conselho, de agradecimento e até mesmo de reflexão, pude perceber várias coisas que antes eram escondidas. Muito obrigado!
Um grande abraço e um ótimo 2012!
Pedro
Meu querido
Estarei sempre na margem do tempo...vestida de bruma...emoldurada de sombras...guardando as tuas palavras como se fossem pétalas...instantes efémeros eternizados em cada poema.
FELIZ 2012...que a vida te dê tudo que desejas e mereces.
Beijinhos com carinho
Sonhadora
Amigo não podia deixar de visitar esta tua outra casa, onde você sempre fala de forma tão bela deste momento tão único e difícil para qualquer ser humano, não pude deixar de me lembrar de minha saudosa mas muito amada sempre, irmã Hilda, ela é tão linda, e seu esposo na hora do adeus, seus olhos tão cheios de dor, dor que estava estampada nos filhos tão jovens, em nós seus irmãos, mas eu sabia que não era adeus, eu sei que não era, por isto pra mim ela apenas viajou, como papai e mamãe, o amor nunca finda e torna as ligações eternas, beijos Luconi
Olá estimado António,
Passando para lhe desejar uma semana maravilhosa com afagos e sorrisos.
Beijos de muita ternura e luz.
Meu amigo, eu te falo: és realmente um poeta!
Incrível esta sua capacidade de jogar com as palavras e dar este sentido tão poético a elas! Acredito que o verdadeiro poeta não sabe que o é! AMEM!
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