Ao fechar os meus olhos
p’ra sempre,
E estas mãos para sempre
parar;
E este corpo na terra em seu ventre,
Quais lembranças de mim
vão restar?
Esta vida foi feita com
lutas extremas,
Mas com um luto ela vai
se encerrar.
Não terei mais os doces
poemas,
P’ra minh’alma no além
se alegrar...
Tive o amor benfazejo e
as delícias,
Mas também meus invernos
polares!
Inimigos d’alma e as
doces carícias,
D’outros anjos, do céu,
d’além mares...
Restará talvez breve
lembrança,
Nesta Ode que a alma
alcançar...
Talvez seja um alento ou
bonança,
Para a alma em que ela
tocar...
Só queria uma pedra
epitáfio,
Com os versos de amor
exaltar!
Deixo, porém para o
tempo,
O dia e a hora chegar!
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