Certa tarde, ao acompanhar meu filho ao funeral de um senhor idoso, e enquanto ele dedicava algumas palavras à família num culto ecumênico, senti um desejo em conhecer o recinto sacro doutras capelas, situadas no interior da necrópole.
Foi quando por um momento, e ali meditando no porvir, na vida, na morte e além, perdi a solenidade e o cortejo...
Naquela tarde na necrópole
Sozinho, sem mais ninguém,
A procura das pessoas
Num desencontro total...
Perdi a solenidade e o cortejo!
Perdi-me nas quadras e lápides
Somente o silêncio permeia,
As flores e sepulcros também!
Caminho a esmo...
Perco-me, no trajeto.
Onde estavam todos?
Senti certo medo!
Medo de quem já se foi?
Medo faz é dos viventes!
Senti um soturno silêncio...
Os espíritos que se foram,
Sei o que diz o Santo Livro!
Mas senti um calafrio,
Post Mortem talvez...
Voltei de onde parti
Gelado, tremulo tácito...
Recompus-me ao ver alguém,
Voltei de novo em mim...
Algumas canções ouvira...
Decerto melodias breves.
Doutros tempos passados, creio,
4 comentários:
Olá estimado António,
De facto, compreeendo a sua sensação. Entrar em cemitérios, não é tarefa fácil, para ninguém.
Eu fico gelada e paralisada.
Eu sei, que os mortos estão mortos, mas a carga psicológica negativa é aterradora.
Bom fim de semana.
Beijos de luz.
Querido Amigo.
Estou de acordo com a querida Luz.
Fico paralisada diante da triste sena
dentro dos cemitérios.
Mesmo sabendo que ali um dia sera minha morada me da arrepios.
A poucos dias estive em um deles para sepultar um ante querido da familia.
A gente se sente impotente diante de tudo .
Feliz Domingo meu amigo grande beijo.
Evanir..
Meu querido
Passando para deixar um beijinho em silêncio.
Sonhadora
Esta sensação é bem compreensível poeta, nossa e como, apesar que eu concordo com você temos que ter medo dos vivos e jamais de quem partiu, beijos Luconi
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