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sábado, 30 de agosto de 2025

As Virgens Mortas

Na noite fria, onde o luar se dilui ao céu,
Jazem as virgens, pálidas da sinfonia...
Seus olhos, antes luz, agora negrume véu,
E uma tristeza que o esquecimento guia...

Jardim de lírios, que ninguém mais rega,
Testemunha a partida em silêncio atróz...
Mas ao longe um hino que a saudade leva,
De um amor latente, que findou em nós.

Desfaz-se o sonho, em fúnebre quimera,
E um cortejo, sob o manto da penumbra,
Da beleza finda, em sepulcral esfera,

As virgens almas que o céu vislumbra,
Que no adeus esse hino encerra,
É a dor eterna que em mim deslumbra.