sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Vandalismo

Oh, que dor! Que tristeza, atroz, funérea,
Ao deparar-me com tamanha profanação...
Almas torpes, vândalos da paz cinérea,
Que desça a ira de Deus, por esta violação...

Eis que as lápides, ao chão, derribadas,
Leito dos mortos, do descanso tumular,
Evocam a demência de almas ofuscadas
Pela torpe obsessão, de um valor angariar...

Almas de sina errante, infames e sem luz,
Destroem, vilipendiam, e roubam a paz,
Daqueles que jazem, à sombra de uma cruz...

Decerto são almas vis, decaídas, dementes,
A rasgar sedentos, o lúrido sacrário, 
Rastejam pela vida – Oh, miseráveis mentes...

Cemitério do Araçá em São Paulo, após ataque de vândalos

6 comentários:

Flor da Vida disse...

São os mortos-vivos sem alma sem coração... É raça podre... Zumbis descendentes de humanos.

Profundo e verdadeiro o seu versejar.
Aplausos sempre!!!

Roselia Bezerra disse...

Olá,
Infelizmente não se tem mais respeito pela vida que dirá pela vida pós morte...
Feliz 2014!!!
Abraços fraternos

Vanessa M. disse...

Olá

Conheci seu blog hoje, e me encantei pelas belíssimas imagens e poemas que aqui encontrei.. escreves muito bem!
Estou seguindo.

O convido a visitar meu blog:
http://in-my-darkest-dreams.blogspot.com.br/

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu amigo

Infelizmente o respeito é uma coisa que cada vez tem menos valor. Não há consciência.

Um beijinho
Sonhadora

Cristina disse...

Un texto profundo y conmovedor...
Siempre es y ha sido un placer leerte.
Buen comienzo de semana, besos!

http://sombriabelleza.blogspot.com/

Ivone disse...

Que pena que há de se ter de almas assim, elas ainda não estão preparadas para a vida, penarão depois com a "volta" ao verdadeiro "lar",pois depredar túmulos é sacrilégio!
Abraços!