domingo, 22 de abril de 2012

Minha Rosa Virtuosa

Eis que esta alma dormente, imaculada,

Qual alma divina, infante, maravilhosa;

Foi a doce virtude, angélica, agraciada,

Ungida em perfume, suave, duma rosa...


Nesta face mórbida, angelical, amargurada,

Verto uma ternura, e uma prece fervorosa;

Que acolho n’alma, plangente, martirizada,

Nos braços da paixão dessa Via Dolorosa...


Anjo adormecido, e anjos abençoados,

Junto aos céus tristonhos, tantalizados,

Minh’alma chora, na dor deste cortejo...


Sinto-vos nos mistérios insondáveis,

Recônditos divinos, santos, inefáveis

Doces aromas, sonhos, e outrora beijo!



7 comentários:

  1. Boa noite querido Antônio,

    Parabéns pela feliz ideia de tornar esse seu espaço, menos cinzento, mais feliz e menos pesaroso.

    Sua sensibilidade está À FLOR DA PELE. E se vê e se sente.

    Lindo e serena música emana do vídeo! É a mesma música, que seu coração tem.
    Bonita a imagem da menina com uma rosa na mão.

    O mundo não é um mundo, com desavenças, é um jardim com rosas. Embora, a do vídeo seja lilás, não deixa de ser uma rosa, mas nesse espaço, não deveria ser de outra cor, percebi.

    Essa rosa simboliza uma mulher, a mulher amada, que não está mais em seus braços.

    Há, no entanto, ainda o cheiro e o desejo de um beijo adocicado e sonhado.
    Que se cumpra!

    Beijos vivos, com carinho e luz.

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  2. CHARNECA EM FLOR



    Enche o meu peito, num encanto mago
    O frémito das coisas dolorosas...
    Sob as urzes queimadas nascem rosas
    Nos meus olhos as lágrimas apago...

    Anseio! Asas abertas! O que trago
    Em mim? Eu oiço bocas silenciosas
    Murmurar-me as palavras misteriosas
    Que perturbam meu ser como um afago

    E nesta febre ansiosa que me invade
    Dispo a minha mortalha, o meu burel
    E já não sou Amor, Soror Saudade...

    Olhos a arder em êxtases de amor
    Boca a saber a sol, a fruto, a mel:
    Sou charneca rude a abrir em flor!



    FLORBELA ESPANCA

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  3. Meu querido

    Comentar é difícil, porque o belo é difícil de comentar...apenas a minha alma o sentiu.
    Deixo um poema...um beijinho e o meu carinho de sempre.

    Lembra-te de Mim...

    Lembra-te de mim...quando ouvires o pranto das rosas...eu parti
    Quando nos teus sonhos não sentires a ternura do meu coração
    Quando o silêncio gritar...sou eu amor do céu a chamar por ti
    Quando ouvires um triste fado...são os acordes da minha solidão

    Lembra-te de mim...quando a noite chegar e o sol se esconder
    Quando ouvires o pranto da madrugada...é o eco minha saudade
    Quando sentires na boca o perfume das rosas...sou eu a morrer
    Quando ouvires o meu nome...esquece-o...já se fez eternidade

    Lembra-te de mim...quando a poesia não gritar meus lamentos
    Quando as minhas mãos nas tuas arrefecerem...sou eu a partir
    Quando meus olhos ficarem mudos...apagados de luz sedentos
    Quando sentires uma lágrima...é a minha alma para ti a sorrir

    Sonhadora

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  4. Esse poema é maravilhoso
    adorei ...falar de rosas é um encanto
    tão doce ,tão suave
    Abraços de bom final de semana!!

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  5. Olá querido António,

    Venha para aqui, meu estimado amigo. Estamos mais resguardados e longe dos olhares, sim, porque seu blog não é "público". Estou brincando, claro.
    Vamos conversar um pouco, visto que, desde ontem, que não nos falamos.

    Que linda! É para mim? Uma rosa vermelha.
    - Posso lhe dar um beijinho, de agradecimento? (não tema, eu só sou caçadora nos poemas).
    Um, dois. Gostou?
    Que sorriso, António!
    - Os beijos Portugueses são diferentes, minha amiga, sabe?
    - São?
    Bem, não sei, só tenho esses, porque sou Portuguesa, né?
    Mas a que lhe souberam?
    - A rosas, Luz, a rosas.
    - Vermelhas, querido?
    - De todas as cores, multicolores, posso lhe afirmar.
    - Que gostoso e amável da sua parte! CAVALHEIRO, mesmo.

    Quero tornar esse espaço menos cinzento, daí, termos combinado aqui, nosso encontro.

    Boa semana, com muita luz no coração.
    Beijos de muito carinho e estima.

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  6. Meu querido amigo

    Passei pelo "Lírio", para reler o teu poema...mas...vou já sair e deixo um beijinho.

    Sonhadora

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  7. Oi querido Antônio,

    Me lembrei de passar por aqui para pôr uns cravos vermelhos, nesse espaço.
    Dá cor e alegra a quem triste está.
    Vamos por aqui, meu querido amigo.
    Aqui está sol e a luminosidade ilumina essa extensão de saudades.
    Me ajude a colocar as rosas, por favor.
    Pomos várias neste anjinho, mais naquele idoso, triste e esquecido, mais naquela jovem e nos deslocamos, por aí, porque temos, ainda muitas para espalhar, com amor.

    Tenha um dia feliz.
    Beijos de muito apreço e estima.
    Muita luz, sempre.

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Obrigado por depositar tuas flores no Jazigo de Lírio das Almas!