Em meus olhos as lágrimas que ora sinto
Dos meus sonhos de amor e da noite fria
São os consolos amargos do que pressinto
De tua ausência, e um beijo que me nutria...
Ah... Nesta noite, soturna, desconsolada
E estas lembranças de atroz melancolia
A lua vem, tristonha, e amargurada
Vem merencória, soturna e fugidia...
É um sentimento, angélico e arfante
Silencioso, tremendo, dorido, louco
Que n’alma pulsa saudosa, apaixonante...
E eu que sempre adornei teus passos
Com estas mãos e agora abandonado
Sinto um amor, sem vida, e sem abraços...