Lírio
da minha desventura, ó lírio!
Sinto
minha vida se esvair agora,
No
leito que me acolhe por ora,
Envolto
em dor e profundo martírio...
Já próximo
da minha despedida,
Chega
à alma uma doce inspiração;
Do
amor nascido em meu coração,
Desta
vida, sofredora e combalida...
Nesta
palidez augusta, d’aurora,
Resta
à minha alma, embora;
Rogar
aos céus numa prece divina...
Lírio
da minha dor, esmaecido jaz,
Nestas
mãos que a Deus compraz,
E que
minh’alma, conduz e ilumina...